O objeto da psicologia

WUNDT – MÉTODO INTROSPETIVO

 

Wundt foi um autor muito importante na História da psicologia pois demarcou-se do pensamento dominante da época, procurando autonomizar a psicologia da filosofia. Definiu um objeto (consciência) e um método de investigação (introspeção controlada – só o sujeito que vive a experiência é que pode descrevê-la introspecionando-se, isto é, fazendo a autoanálise dos seus estados psicológicos em condições experimentais) com a finalidade de dar um estatuto de ciência à psicologia.  
Definiu um objeto (consciência) e um método de investigação (introspeção controlada – só o sujeito que vive a experiência é que pode descrevê-la introspecionando-se, isto é, fazendo a autoanálise dos seus estados psicológicos em condições experimentais) com a finalidade de dar um estatuto de ciência à psicologia.  
 

FREUD - PSICANÁLISE 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Concecões sobre o psiquismo

Apresenta em dois momentos,dois intrepretações do psiquismo da mente humana-A primeira e a segunda.

  1.   Na 1ºtopica recorre a imagem do iceberg-o conciente corresponde á parte visivel,enquanto o inconsciente correspondene á parte invisivel,submersa,do icerberg.
  2. A partir da decada 1920 apresenta a 2º teoria sobre a estruturação do psiquismo,que e constituido por tres instancias- id,ego e superego.
     

Superego, Ego e Id: estruturas essenciais da personalidade do ser humano

Id – Prazer: é formado por tudo o que herdamos e está presente logo à nascença. Reservatório de energias, instintos (da vida e da morte) e necessidades básicas: Libido.

Está totalmente desligado da realidade e não é capaz de distinguir o que é desejável do que é permitido e possível. Pretende realizar tudo o que lhe agrada, sem se preocupar com o facto de isso ser bom ou mau.

Ego – Realidade: decide que instintos podem, na realidade, ser satisfeitos e de que modo. Começa a desenvolver-se por volta dos 6 meses de idade.

Superego – Moralidade: Diz-nos o que devemos ou não devemos fazer, ao contrário do Ego, que nos diz se é ou não possível fazer (Dever vs Poder).

Começa a desenvolver-se entre os 3 e os 5 anos e é o resultado da educação que recebemos, do conjunto de punições e de recompensas que fomos alvo -> Processo de Introjeção.

Papel do Superego:

1.      Inibir os impulsos inconscientes (sexuais e agressivos).

2.      Substituir objetivos realistas por objetivos morais.

3.      Procurar a perfeição moral.

Sexualidade

Segundo Freud, o desenvolvimento da personalidade processa-se numa sequência de estádios psicossexuais. Se houver ansiedade excessiva, o desenvolvimento é perturbado, verificando-se uma fixação do indivíduo neste estádio.

  • Estádio oral (até aos 12-18 meses) – a zona erógena é a boca. O bebé sente prazer ao mamar, ao levar os objetos à boca ou através de estimulações corporais. Se ocorrer uma fixação neste estádio, ou seja, se o bebé for desmamado muito cedo (ou muito tarde), isto pode ter reflexos na sua vida adulta. O adulto sentirá necessidade de procurar gratificação oral: fumar, beber, mascar pastilhas elásticas.
  • Estádio anal (12-18 meses / 2-3 anos) – a zona erógena é a região anal. A criança obtém prazer pela estimulação do ânus ao reter e expulsar as fezes.
  • A criança terá de aprender que não pode aliviar-se onde e quando quer, que há momentos e lugares apropriados, para tal efeito. Se esta fase não for ultrapassada corretamente, o adulto poderá ter obstinações excessivas, preocupações com a limpeza, tendência para a crueldade, sadismo, rebeldia e desorganização.
  • Estádio fálico (2-3 / 5-6 anos) – a zona erógena é a região genital e, por isso, a criança sente prazer quando estimula os órgãos sexuais. A criança sente curiosidade pelas diferenças sexuais, entre os dois sexos. Neste estádio surge o complexo de Édipo, que consiste na atração da criança pelo progenitor do sexo oposto e agressividade pelo progenitor do mesmo sexo. Caso este estádio não seja bem desenvolvido, o adulto poderá ter uma personalidade bipolar, dificuldades no plano de relacionamento sexual e falta de maturidade no plano afetivo.
  • Estádio de latência (5-6 anos até à puberdade) – caracteriza-se por uma aparente atenuação da atividade sexual. Corresponde a um período de amnésia infantil, porque a criança reprime no inconsciente as experiências que a perturbaram no estádio fálico e investe a sua energia nas atividades escolares, ganhando especial importância as relações que estabelece entre os colegas e os professores.
  • Estádio genital (adulto) – a partir da puberdade a zona erógena principal é a região genital.

Meteologia de investigação

  • Associações livres – o psicanalista pede ao paciente que diga tudo o que sente e pensa, mesmo que lhe pareça que não tem importância ou que é absurdo. No decorrer deste procedimento vão-se manifestando resistências, desejos, recordações e recalcamentos inconscientes que o psicanalista procurará identificar e interpretar.
  • Interpretação dos sonhos – o psicanalista pede ao paciente que relate os sonhos. Segundo Freud, o sonho é a realização simbólica de desejos recalcados. Cabe ao psicanalista procurar o sentido oculto, escondido no sonho, isto é, o conteúdo latente, o significado profundo do sonho, os desejos, medos e recalcamentos que estão subjacentes.
  • Análise de transferência – a transferência é um processo em que o paciente transfere para o psicanalista os sentimentos de amor e ódio vividos na infância, sobretudo relativamente aos pais. Cabe ao psicanalista analisar e interpretar os dados do processo de transferência.
  • Análise dos atos falhados – o psicanalista procura interpretar os esquecimentos, lapsos e erros de linguagem, leitura ou audição que tenham ocorrido no dia a dia do paciente. Segundo Freud, estes erros involuntários manifestariam desejos recalcados no inconsciente.

 

 

WATSON – BEHAVIORISMO

O comportamento

Watson foi um autor bastante importante na construção da psicologia como uma ciência, pois criou a teoria do Behaviorismo que, como tendo como base o estudo do comportamento e estabelecendo relações entre os estímulos e as respostas e as causas e os efeitos como outra ciência qualquer, deu à psicologia um novo estatuto de ciência autónoma, objetiva e rigorosa.

O behaviorismo defende que a psicologia é a ciência do comportamento. É uma parte da ciência natural cujo objeto é a conduta humana; a psicologia não é a ciência da consciência e dos processos mentais, como afirma Freud.

O comportamento e o conjunto de respostas de um individuo a um estimulo ou a um conjunto de estimulos.

R = f(S)

Resposta: reação observável de um individuo face ao efeito de um ou mais estímulos.

Estímulo: qualquer impressão ou dado proveniente do meio ambiente em que alguém está situado. (ex: luminosidade, ondas sonoras, palavras desta folha, choro de um bebé, etc.)

Situação: conjunto de estímulos.

 (a letra f indica que as respostas ou comportamentos variam em função das situações que nos condicionam)

O objetivo desta corrente e estabelecer as relações entre os estimulos e as respostas,entre causas e efeitos,como qualquer outar ciencia.

Papel do meio

O comportamento é o conjunto de respostas (R) de um indivíduo a um estímulo (E)  ou a um conjunto de estímulos (S), totalmente condicionado pelo meio ou pela situação. Somos resultado da influência social, mas a própria sociedade é modificável e o indivíduo pode ser descondicionado, aprender mediante uma espécie de reeducação.

Metodologia de Investigação

Segundo Watson, o único método que garantiria o caráter científico à psicologia era o método experimental. Assim sendo, definia uma amostra da população e dividia-a em dois grupos. No grupo experimental fazia variar o fator que considerava responsável pelo comportamento. No grupo de controlo não havia qualquer intervenção. O comportamento dos dois grupos depois era comparado. Se concluísse que a variável que se manipulou modifica o comportamento, e depois de confirmado por outras experiências, fazia-se a generalização da população.

Conclusão

O behaviorismo teve um papel bastante importante na história da psicologia pois acabou com as conceções da época e adotou um modelo de investigação e de interpretação que dotou a psicologia com o estatuto de ciência objetiva.

No entanto, foi uma teoria insuficiente, pois não teve em conta os estados mentais e as representações mentais: remeteu a psicologia apenas para o estudo dos comportamentos observáveis.