- Reconhecer a perceção como uma construção mental
As perceções não são cópias do mundo á nossa volta. A perceção não reproduz o mundo como um espelho, o cérebro não regista o mundo exterior como um fotógrafo tridimensional: constrói uma representação mental ou imagem da realidade.
Na perceção visual, que é a grande fonte de informação sobre o mundo, há todo um processo biológico complexo em que o estímulo visual é transformado, não se projetando no nosso cérebro como um slide num ecrã. Os estímulos luminosos, que sensibilizam a nossa retina, são codificados em impulsos nervosos, que são transmitidos pelos nervos óticos às áreas visuais do córtex, que os processam como uma representação.´
É no nosso cérebro que se vão estruturar e organizar as representações do mundo, é no cérebro que se dá sentido ao que vemos e ouvimos. Por isso se diz que é no cérebro que se ouve, se vê, se sente o frio, o calor, os cheiros, os sabores. A informação proveniente dos órgãos sensoriais é tratada pelo cérebro. É nesta estrutura do sistema nervoso que ganha sentido e significado.
- Concluir que a perceção é uma intrepretação da realidade/Enunciar algumas manisfestações da constancia percetiva e o seu valor adaptativo
A visão que temos do mundo não é uma reprodução da realidade mas uma interpretação – constância percetiva.
1- Constância de tamanho: percecionamos o tamanho de um objeto ou de uma pessoa independentemente da distância a que se encontra. Ora, o mesmo objeto, apresentado a diferentes distancias, forma na retina imagens com diferentes tamanhos: quanto mais longe está, mais pequeno aparece. É no cérebro que interpretamos os dados que recebemos.
2- Constância da forma: um objeto nunca forma a mesma imagem retiniana: a luz é diferente, a incidência e o angulo do olhar diferentes também, a distância muda constantemente. O reconhecimento envolve sistemas elaborados em que intervêm a experiencia anterior do sujeito, as memorias armazenadas, as aprendizagens do sujeito. Por exemplo, nós percecionamos a porta como retangular, mas quando a abrimos ela perde essa forma.
3- Constância do brilho e da cor: mantemos constantes o brilho e a cor dos objetos, mesmo quando as circunstâncias físicas nos dão outra informação. Percecionamos uma casa branca em plena luz do sol e mantemos constante a cor, á noite, percecionamos o sangue sempre vermelho, a neve sempre branca, independentemente da quantidade de luz
- Enumerar fatores que contribuem para o caracter subjetivo da perceção
A nossa perceção do mundo é subjetiva, na medida em que percebemos o meio que nos rodeia em função dos nossos conhecimentos adquiridos, necessidades, interesses, valores, expectativas e experiências passadas. É importante perceber que não percecionamos de uma forma neutra e objetiva, mas antes individual, parcial e subjetiva. E é devido a esta última característica que a perceção nos permite antecipar acontecimentos e prever comportamentos, o que nos permite prepararmo-nos para eles.
Por outro lado, a motivação e os estados emocionais de cada um têm grande influência na perceção que o indivíduo tem da realidade numa dada situação, por exemplo, o nervosismo e o medo implicam, regularmente, uma distorção e ampliação de factos que nos é incontrolável.
Também o interesse que os acontecimentos e assuntos nos despertam é importante para a perceção já que os estímulos percetivos são selecionados pela nossa atenção e, por isso, tendemos a adquirir mais conhecimentos nas áreas que mais nos fascinam.
Por fim, a subjetividade nota-se nas expectativas. Estas afetam as nossas perceções levando-nos, frequentemente, à ilusão e consequente desilusão.
- Esclarecer o conceito de perceção social
Perceção social é o processo que está na base das interações sociais, ou seja, o modo como conhecemos os outros, analisamos os seus comportamentos e entendemos os seus perfis. É o modo como percecionamos as situações sociais e o comportamento dos outros que orienta o nosso próprio comportamento. Por isso, podemos afirmar que a perceção social está inteiramente relacionada com os grupos sociais, a cultura e o contexto social do indivíduo.
A predisposição percetiva mostra-nos que os indivíduos e os grupos sociais atribuem significados particulares à realidade física, reconstruindo-a e, muitas vezes, percebendo situações de modo diferente. Um exemplo disso, é o efeito dos estereótipos e dos preconceitos na perceção.
- Mostrar que a cultura influencia o modo como o mundo é percecionado
A forma como percecionamos o mundo varia com a cultura, com o contexto cultural. Reconhecemos que o modo como um chines, um europeu, um americano ou um indiano representam o mundo, é diferente.
A perceção de profundidade é também afetada pela cultura. A diferença de tamanhos entre objetos é interpretada como estando a distâncias diferentes: por exemplo um lápis estando mais longe, parece mais pequeno.
A memória pode ser entendida como o registo de todas as experiências existentes na consciência, bem como a qualidade, extensão e precisão dessas lembranças. A memória é a capacidade do cérebro em armazenar, reter e recordar a informação.
A memória está na base de todas as funções psíquicas: da perceção, da aprendizagem, da imaginação, do raciocínio, etc.
Não podemos conceber a vida humana sem memória. É a partir das informações que o indivíduo possui que se adapta ao meio e atribui significado às experiências vividas. Sem ela, seria impossível a transmissão e desenvolvimento cultural. O homem seria um ser puramente biológico.
É a memória que nos dá o sentimento de identidade pessoal: as experiências vividas, acumuladas e que nos reconhecemos como nossas constituem o nosso património pessoal que nos distingue dos outros e nos torna únicos. Sem memória não existe identidade.
A memória humana é limitada na sua capacidade de armazenamento e afetada pelos sentimentos, emoções, experiências, imaginação e, ainda, pelo tempo.
- Descrever os processos da memoria
Cabe ao cérebro selecionar o que é relevante para assegurar a própria sobrevivência do individuo e da espécie. Se registássemos e recordássemos todos os estímolos, seriamos incapazes de responder adequadamente ao que efetivamente é importante.
O que o cérebro determina como importante, ou não, ocorre no processo percetivo propriamente dito e no processamento da informação:
1. Codificar a informação sonsorial;
2. Armazenar a informação;
3. Recuperar e utilizar a informação no processo de interpretação e ação sobre o meio.
Existem dois tipos de recordações, aquelas que nos vêm automáticamente á memória (Quantos anos tens?) e aquelas que requerem algum esforço (Quais os processos de mundialização?). É nos casos de maior esforço que nós iremos tentar associar a pergunta a alguma coisa para que a recordação seja mais facil e a isto chamamos de reconhecimento e de seguida após associarmos as coisas iremos tentar lembrarmo-nos exactamento aquilo que estas significam, o que é a evocação.
- Distinguir memoria de curto prazo de longo prazo
Memória a curto prazo: memória que retém a informação durante um periodo limitado de tempo, podendo ser esquecida ou passar para a memória a longo prazo. Na memória a curto prazo, distinguem-se duas componentes, a memória imediata e a memória de trabalho.
A memória a longo prazo é um tipo de memória que é alimentada pelos materiais da memória a longo prazo que são codificados em simbolos. A memória a longo prazo retém os materiais durante horas, meses ou toda a vida.
Na memória a longo prazo há diferentes modalidades de armazenamento da informação para diferentes registos: visual, auditivo, táctil e ainda da linguagem do movimento, e visto que as memórias com origens diferentes são armazenadas em áreas diferentes do cérebro, a perda de uma área não tem repercursões nas outras. Distinguem-se, geralmente, dois tipos de memória a longo prazo que dependem de estruturas cerebrais diferentes: a memória não declarativa e a memória declarativa.
- Caracterizar memoria imediata de memoria de trabalho
Na memória imediata o material fica retido durante uma fração de tempo – cerca de 30 segundos. Na memória de trabalho o tempo pode-se alongar se repetirmos mentalmente a informação. Neste tipo de memória intregam-se outros registos em que a informação se pode manter durantes horas (por exemplo, teres que trazer um teste assinado no dia seguinte). Qualquer informação que tenha estado na memória a curto prazo e que se tenha perdido estará perdida para sempre, só se mantendo se transitar para a memória a longo prazo.
- Caracterizar memoria não declarativa e memoria declarativa
Memória não declarativa: memória automática, que mantém as informações subjacentes á questão “Como?” (como andar de bicicleta? Como lavas os dentes? Como apertar as sapatilhas? Como conduzir um carro?)
Quando desenvolvemos estes comportamentos, não temos consciencia de que são capacidades que dependem da memória. O exercicio, o hábito, a repetição do conjunto das práticas tornam essa atividade automática. Muitos dos nossos comportamentos são essenciais á vida do dia a dia, dispensando a nossa atenção. Para executarmos estas atividades não é requerida a localização no tempo, nem reconhecimento, a não ser que nos perguntem por exemplo para explicarmos por palavras como se atam as sapatilhas. A maior parte destes comportamentos envolvem a atividade motora. A memória não declarativa é também designada por memória implicita ou se registo.
1) Memória declarativa: implica a consciencia do passado, do tempo, reportando-se a acontecimentos, factos, pessoas. (Também designada de memória explicita ou com registo). Distinguem-se, neste tipo de memória, dois subsistemas:
a. Memória episódica que envolve as recordações. Daí aparecer associada ao termo “autobiografia”, porque se reporta a lembranças da tua vida pessoal. É então uma memória pessoal que manifesta uma relação intima entre quem recorda o que se recorda.
b. Memória semantica refere-se ao conhecimento geral sobre o mundo. Neste tipo de memória não há localização no tempo, não estando ligada a nenhum conhecimento ou ação especificos, nem referenciado e nenhum facto especifico do passado.
- Reconhecer que a memoria é um processo ativo que reconstroi os dados que recebe
A memória é um processo ativo e dinâmico na medida em que não reproduz fielmente aquilo que armazenou. A memória reconstrói os dados, o que implica que dê mais relevo a uns, distorça outros ou mesmo os omita. Por outro lado, quando os acontecimentos são muito emotivos, a memória deixa escapar pormenores que depois são substituídos/reconstruídos pelo cérebro. Quem conta um conto, acrescenta um ponto e, assim, quanto mais se reproduz o que aconteceu, mais elaborada e complexa vai ficando a história, chegando a um ponto em que muitos factos não passam de imaginação.
No entanto, as representações que temos são sempre tão claras como se fossem plenas reproduções da realidade, o que faz com que este processo ativo e dinâmico nos passe completamente despercebido. Por este motivo, o mesmo acontecimento pode ser descrito de formas bastante diferentes por diferentes pessoas. Não mentem, apenas têm diferentes interpretações resultantes de diferentes sentimentos, emoções e atenção.
- Mostrar que o esquecimento é um processo inerente á memoria
A memória é seletiva e limitada na sua capacidade de armazenamento. Por isso, o esquecimento é condição essencial ao normal funcionamento da memória.
Podemos definir esquecimento como a incapacidade de recordar, de recuperar dados, informações, experiências que foram memorizadas no passado. O esquecimento pode ser provisório ou definitivo. Apesar de estar carregado de uma imagem negativa, o esquecimento é essencial. Só continuamos, ao longo de toda a vida, a memorizar informação porque conseguimos esquecer outra. O esquecimento tem uma função seletiva e adaptativa, já que despreza a informação inútil e desnecessária e os conteúdos conflituosos, impedindo um excesso de informação acumulado no cérebro que bloquearia a captação de novos assuntos.
O esquecimento está, normalmente, mais relacionado com a memória a longo prazo uma vez que, na memória a curto prazo, o tempo de retenção da informação é demasiado curto: esta ou passa para a memória a longo prazo ou é apagada.
- Distinguir diferentes tipos de esquecimento
O esquecimento regressivo acontece quando há dificuldades em apreender novas informações e relembrar conhecimentos, factos, nomes e números recentes. É frequente ocorrer, maioritariamente, em pessoas mais idosas devido à degenerescência dos tecidos cerebrais. Apesar disso, o envelhecimento pode ser retardado com uma vida ativa, empenhada e equilibrada.
O esquecimento motivado aparece na sequência da teoria do psiquismo humano de Freud. Assim, esquecemos o que, inconscientemente, nos convém esquecer. De forma a assegurar o equilíbrio psicológico, o cérebro tende a esquecer todos os conteúdos que possam ser traumatizantes, dolorosos angustiantes, fenómeno a que chamamos recalcamento. Através deste mecanismo de defesa, os conteúdos do inconsciente são impedidos de atingir a consciência, diminuindo a incidência de momentos tensos provocados por conflitos internos.
O esquecimento por interferência das aprendizagens explica-se pela interação das novas memórias com as mais antigas. As memórias mais antigas não desaparecem, mas sofrem alterações por efeito da transferência de aprendizagens e experiências posteriores que as tornam irreconhecíveis.
É o processo de modificação relativamente estável do comportamento ou do conhecimento, devido à experiência, ao treino ou ao estudo e com uma função adaptativa relativamente ao meio, sendo assim um processo cognitivo. Os comportamentos aprendidos são adquiridos no processo de socialização, por exemplo, a forma como andamos, a nossa linguagem, como arrumamos as nossas coisas, etc.
- Conhecer diferentes processos de aprendizagem:não simbolicas e simbolicas
Há comportamentos que estão diretamente associados com os estimulos do meio e que são previsiveis a partir da presença do estimulo.Est tipo d comportamento insere-se no que designa por aprendizagem não simbolicas( aprendizagem não associativa e associativa).Outros comportamentos,como cuemprimentar as pessoas,são aprendizagem simbolicas,porque envolvem a maneira como interpretamos a realidade e como regulamos o nosso comportamento
- Conhecer a aprendizagem não associativa
Aprendizagem não associativa: o individuo aprende as características de um só estímulo o que pode ser, por um lado, por habituação e, por outro lado, por sensitização.
Na habituação aprendemos a não reagir a um determinado estímulo por este não ter importância, o que aumenta a nossa capacidade de concentração no que realmente é essencial.
Na sensitização aprendemos a apurar os nossos reflexos no caso de um estímulo ser ameaçador ou prejudicial.
- Conhecer a aprendizagem associativa
Aprendizagem associativa: é uma aprendizagem mais complexa, pois para se aprender é necessário associar estímulos e respostas ou associar diversos estímulos. Pode ser por condicionamento clássico ou por condicionamento operante.
- Descrever a experiencia de Parlov acerca do condiconamento clássico
Experiência do cão (1. Pavlov apresentava a carne ao cão e este salivava/ 2. Depois apresentava a carne acompanhada pelo som de uma campainha e cao salivava. Repetiu a associação carne + som/ 3. Ao ouvir apenas o som da campainha o cão passou a salivar)
Ao estudar os reflexos digestivos do cão, descobriu uma forma de aprendizagem presente nos seres humanos e noutros animais: o reflexo condicionado.
A descoberta que o investigador fez é que um estimulo (som), que não provocava qualquer resposta especifica, depois de associado a outro estimulo (carne), passou, por si só, a provocar a salivação.
- Conhecer a experiencia por condiconamento clássico/Identificar os fenomenos envolvidos no condiconamento clássico
Para compreender melhor este processo de aprendizagem passamos a distinguir:
® Estimulo neutro: estimulo que, antes do condicionamento, não produz a resposta desejada (som da campainha inicialmente);
® Estimulo não condicionado, incondicionado: estimulo de desencadeia uma resposta não aprendida (carne);
® Resposta incondicionada: resposta inata, não aprendida (salivar com o cheiro da carne);
® Estimulo condicionado: estimulo neutro que, associado ao estimulo incondicionado, passa a provocar uma resposta semelhante á desencadeada pelo estimulo incondicionado (o som, depois de associado á carne);
® Resposta condicionada: resposta que, depois do condicionamento, se segue ao estimulo, que antes era neutro (salivar quando ouve o som);
Assim:
® O estimulo incondicionamento provoca resposta incondicionada – processo inato não aprendido.
® O estimulo neutro, durante o processo de condicionamento, transforma-se em estimulo condicionado.
® O estimulo condicionado provoca resposta condicionada. A resposta condicionada e a resposta incondicionada sem semelhantes.
Podemos dizer que o cão aprendeu a salivar ao som da campainha. Este tipo de aprendizagem, que se designa por condicionamento classico (ou respondente, ou pavloviano), está presente quer nos animais quer nos seres humanos. É uma aprendizagem que não envolve a vontade do sujeito: o sujeito é passivo.
- Descrever a experiencia de Skinner acerca do condicionamento operante
Experiência da “caixa de Skinner” (1. Colocou um rato esfomeado na caixa operante ou skinner/ 2. O animal explora o ambiente cheirando, deambulando no interior da gaiola/ 3. Por a caso o rato aciona a alavanca recebendo uma porção de alimento/ 4. A partir de várias tentativas bem-sucedidas, o rato passa a premir a alavanca para receber alimento)
- Conhecer o processo de aprendizagem por condicionamento oprerante
Esta experiencia mostra que o rato aprendeu a obter alimento: graças ao reforço (consequencia positiva), o animal aprendeu a carregar na alavanca. Esclarecemos os conceitos de reforço, reforço positivo e reforço negativo:
- Distinguir reforço positivo de reforço negativo
Reforço: estimulo que, por trazer consequencias positivas, aumenta a probabilidade de uma resposta
ocorrer. O reforço pode ser positivo ou negativo.
I.Reforço positivo: estimulo que tem consequencias positivas, agradáveis, e que se segue a um dado comportamento (tu dizes uma asneira, eu riu-me dela então tu continuarás a dizer asneiras pois recebes-te um reforço positivo da minha parte)
II. Reforço negativo: o sujeito evita uma situação dolorosa, se se comportar de determinado modo. É a eliminação do estimulo que permite avitar a situação dolorosa (tu tens uma dor de cabeça, vais tomar um comprimido para evitar que esta se torne pior, então como fez efeito tu irás passar a tomar comprimidos sempre que te doer a cabeça pois o comprimido atuou como reforço negativo)
Quer o reforço positivo quer o negativo têm as mesmas consequencias: fortalecer, aumentar a ocorrência de um comportamento. Os dois tipos de reforço aumentam a probabilidade que a resposta ocorra. É importante distinguir reforço negativo e castigo:
Castigo: procedimento que diminui a probabilidade de ocorrer uma resposta através do recurso a um esimulo aversivo. O castigo ou punição é infligido quando não há uma resposta ou quando a resposta não é desejável.
Enquanto o reforço negativo visa aumentar a ocorrência do comportamento, o castigo visa diminuir ou evitar que um comportamento não desejavel se repita.
Reconpensa: procedimento ou estimulo usado para aumentar a probabilidade de resposta. Correspondente ao reforço positivo do condicionamento operante.
- Definir aprendizagem social na perspetiva de Bandura
A aprendizagem por observação e por imitação, também designada por aprendizagem social ou aprendizagem por medelação, foi estudada pelo investigador Albert Bandura, que desenvolveu um conjunto de experiencias para mostrar a importancia da observação e da imitação na aprendizagem.
Bandura confirmou que a experiencia dos outros pode conduzir á aquisição de novos comportamentos. Assim, um individuo pode adquirir um novo comportamento a partir da observação de um modelo. Seria através de um processo – que o psicologo designa por modelação – que envolve a observação, a imitação e a integração, que uma pessoa pode aprender um comportamento que passa a fazer parte do seu quadro de respostas.
Uma das questões que interessaram ao investigador foi conhecer as razões que levam a que crianças que observem comportamentos agressivos não os reproduzam. Depois de se ter assegurado que elas tinham memorizado as cenas, concluiu que não bastava a observar e reter um comportamento para o imitar. A fase de execução implica fatores internos do próprio sujeito.
Foi esta constatação que levou Bandura a evoluir da teoria da aprendizagem social para uma teoria cognitiva e social, considerando muito importantes as capacidades cognitivas do sujeito. Cada individuo não é apenas produto das circunstancias da vida, é também o seu motor. Possui um conjunto de competencias que permitem a aprendizagem e o desenvolvimento: capacidade reflexiva para avaliar o ambiente e se avaliar a si próprio. Neste contexto, a observação do outro permite-lhe adquirir competencias por modelação social.
- Caracterizar a aprendizagem com o recurso a simbolos
Aquisição de conhecimentos: quando aprendemos algo novo, enquadramos essas novas aquisições em esquemas cognitivos prévios que temos, o que resulta num enriquecimento desses esquemas, numa modificação ou na criação de um novo esquema.
Aquisição de procedimentos e competências: para executarmos uma determinada tarefa, temos de desenvolver um conjunto de ações, que se designam por procedimentos (para escrevermos temos necessariamente de saber as letras, as silabas e desenhá-las, de forma a tornar a escrita uma ação automática).
Reconhecer que a aprendizagem é um processo pessoal que envolve a pessoa na sua totalidade
A aprendizagem é um processo cognitivo que implica que o ser humano interaja com o meio,a partir da sua experiencia de vida.Para se adaptar,cada um de nos tem de gerir a informação que recebe,tendo em contane as solitações da situação,diferentes pessoas aprendam de forma diferente e que o resultado da aprendizagem seja tambem diferente.E que a aprendizagem é um processo pessoal,que envolve a totalidade da pessoa:o seu pensamento,as suas emoções,sentimentos e afetos,a sua historia de vida.
- Identificar alguns processos do modo de aprender
Motivação: A aprendizagem é mais clara e mais eficaz quando estamos interessados por um determinado assunto ou tema.
Conhecimentos anteriores: Os conhecimentos anteriores servem de base a novas aprendizagens.
Quantidade de informação: A nossa capacidade de aprender novas informações é limitada, por isso é necessários proceder a uma seleção da informação relevante.
Diversificação das atividades: Quanto mais diversificadas forem as abordagens a um tema, maior é a motivação e a concentração e melhor decorre a aprendizagem.
Planificação e organização: A definição clara de objetivos e a seleção de estratégias é essencial para uma boa aprendizagem, pois planificar e organizar promovem o controlo dos processos de aprendizagem.
Cooperação: A aprendizagem é mais eficaz se trabalharmos de forma cooperativa, uma vez que a cooperação possibilita percebermos diferentes perspetivas que ajudarão na resolução de problemas complexos.